Memórias

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Violência no Trânsito

Embora o Brasil figure com desonroso destaque entre os países com as mais sangrentas estatística de trânsito há tempos, não há indícios de que essa vexatória situação vá se alterar sensivelmente no curto prazo.
E o problema aqui, ao contrário do que o brasileiro costuma fazer, não pode ser creditado exclusivamente à ação ou à inação governamental. Há sem dúvida uma parcela de responsabilidade do Estado, e o rigor na fiscalização e na punição de infrações já provou em diversos países sua eficácia na busca de um trânsito menos mortífero.
Não se pode, porém eximir parte da própria população do seu considerável papel nesse estado de guerra constante nas ruas, bem como de suas sangrentas consequências. São motoristas irresponsáveis, no mais das vezes, e pedestres inconsequentes os atores principais dessa tragédia, que violam consciente e anti-socialmente as normas de trânsito, do respeito e do bom-senso.
Dificilmente alguém teria coragem de alegar, por exemplo, que desconhece os limites de velocidades ou o perigo de dirigir embriagado; ainda assim, muitos motoristas, confudem veículos de passeio com bólidos de Fórmula 1.
É evidente que penas como multas elevadas, prestação de serviços comunitários e suspensão da habilidade têm papel crucial a cumprir na melhoria das condições de tráfego no país. Mas não há como esperar um trânsito mais civilizado (e menos letal) enquanto brasileiros continuarem, ao volante, a se comportar como verdadeiros selvagens.

(Matheus R.)

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